segunda-feira, 14 de novembro de 2011
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domingo, 13 de novembro de 2011
Envolto em trevas
Por tempos observei aquela criatura sombria. Quieto, tenebroso. Não se aproximava de ninguém, não falava com ninguém. Eu tentava me aproximar, o chamava para meu mundo, mas eras envolto em trevas das quais não se soltava. Infiltrei-me então, em sua escuridão, e lá no meio eu vi algo belo. Vi uma pequena e apagada luz, enfraquecida pelas sombras. O abracei, abracei e o aqueci. E por mais que viva em uma noite sem fim, flutuando no vazio, eu brilharei e o aquecerei com minha luz branca, e se deixares, serei a estrela guia, a lua que ilumina este céu tão tenebroso.
E agora, sua escuridão aprisiona a uma luz, e minha luz a uma escuridão, e eu tão aconchegada em seu leito, achando ser eu a criatura necessária, deixei-me levar, agora não mais te envolvo em meu brilho, mas afundo em você, cada vez mais fundo, cada vez mais presa a essa vontade de ser protegida por você que zela tanto pela inocência de minhas fantasias.