sexta-feira, 9 de setembro de 2011

La mort l'amour (2°parte)


"-Suma Angelique... O nosso mundo, não pode mais existir." Lembrava-se das palavras, segurando uma faca. "me prometa Angi, que quando não pudermos mais viver juntos, não mais viveremos?", uma lagrima escorre por seu rosto, "Vamos mate-me!". Ela se lembra do dia em que vieram separá-los:

"-eles chegaram Angi. Pegue suas malas.

-James, eu não quero...

-Acabou o verão Angelique, acabou nosso tempo.

Ela se agacha e chora

-James...

-Nós temos que cumprir nossa parte do acordo Angi, não podemos mais... Acabou."

Ela seca seus olhos e aperta a faca nas mãos. "acabou" ela pensa.

Subindo as escadas furiosamente, James carrega um papel em sua mão. "vivo para matar-te", vinha escrito no bilhete achado dentro de uma taça de vinho. Ele deixara todas as suas pretendentes para trás e andava a procura de sua assassina.

Abrindo todas as portas de quartos vazios, com o punhal firme em sua mão.

-Angelique! Apareça!

Até que finalmente, o estrondo da porta se abrindo bruscamente não a assusta. Parada em pé, olhando janela a fora. Em um rápido movimento joga a faca que passa perto de seu rosto cortando fios de cabelo. Ele se agacha e a recolhe. Sem ponta.

-Mesmo após tantos anos, ainda se contem antes de tentar me matar.

Ela avança para cima dele com dois punhais, atacando e desviando, assim como ele. Em uma dança sanguinária, os dois viciados em sua vontade de matar um ao outro. Entre passos e giros, ela cai. Mas continua a encará-lo com olhos firmes, não teria tempo de se levantar. Ele se ajoelha e aproxima o rosto do dela.

-até quando pretendemos continuar com isso?

Então ele sente, escorrer por sua perna um liquido quente e sua carne rasgar.

-só até eu te matar James.

Ela avança, eles brigam, e brigam, e brigam repetidamente.

-Você nunca se casou... porque?

-calado!

-nunca se sentiu atraída por ninguém?

-calado eu disse!

-ou nunca pode se esquecer de nós dois? Ele provoca.

"nós dois" ela lembra. Dias que viveram juntos, morando juntos mesmo que apenas por um verão, apenas eles dois, sem planos para o futuro, sem pensar de onde vieram ou para onde iriam. Apenas juntos em uma pequena casa no meio do campo. Longe de todos e de tudo, longe dos olhares e das ordens. Longe da sociedade, longe de seus nomes, de seus afazeres, longe de quem eram para o mundo. Apenas eles dois sendo quem eram para si e para o outro. Onde não eram ninguém, apenas eles.

Ela sorri, ele se distrai e é acertado abaixo do peito, se afasta cambaleando e cai sangrando no chão.

-JAMES!

Ela grita num lapso.

"James" ele escuta a voz de uma garotinha chamando. "James vamos para o jardim?" E por um momento ele viaja no tempo, de volta a memórias antigas, onde uma garotinha chama seu nome graciosamente, onde ele cresce ao lado de uma bela menina. "James" ecoa ela chamando em sua mente, "James", ele se lembra repentinamente de como fora feliz. "James" ele lembra de vê-la chorando. "James".

-JAMES! Ele a escuta gritar do outro lado do quarto

Levanta-se com a mão no rosto. Pensativo, começa a sorrir. "ela não mudou" ele pensa.Então deixa que o punhal caia no chão, abre os braços, como se esperasse sua vinda. Furiosa, confusa, ela corre em sua direção, segurando sua arma, corre para ele, corre para matá-lo, mas ele não vê seu ódio, vê apenas aquela moça singela que corria para abraçá-lo quando chegava em casa.


Continua...

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